Ao invés de se utilizar de fotos, a pesquisadora e formanda
de biologia da USP - Ribeirão Preto, Lisa Vasconcelos de Oliveira,
em parceria com o IPeC - Instituto de Pesquisas Cananéia,
está trabalhando com filmes. Ela filma os animais e identifica-os
com base em marcas naturais, manchas, arranhões profundos,
entre outros diferenciais, que ficam em evidência quando os
botos vêm à tona para respirar.
O novo método funciona basicamente da mesma forma que o antigo,
porém, segundo Lisa, é mais barato, pois "com a foto-identificação
gasta-se muito em filmes e revelações, mesmo em populações
pequenas de animais, já com as filmagens o custo é bem menor,
pois depois que eu passo as imagens para o computador, eu
posso reutilizar a mesma fita, o que garante a economia",
comenta.
De acordo com Lisa, que está fazendo sua iniciação científica
em nosso município, esse trabalho é bastante importante, já
que dessa forma, identificando cada indivíduo, é possível,
posteriormente, fazer estudos comportamentais de cada um e,
não apenas da coletividade.
Lisa garante que o novo método vem trazendo bons resultados
e, já conseguiu identificar individualmente 11 botos. Uma
fêmea e seu filhote, que estão sempre na Praia do Pereirinha,
Ilha do Cardoso, foi identificada através da marca que traz
no dorso.
"Além de funcionar, é uma alternativa para quem não
quer ou não pode gastar muito", finaliza.
Fonte: Tribuna do Vale
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